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14 de março de 2019

A Tragédia de Suzano e a Violência no Brasil

  Na manhã, do último dia 13 de março, tivemos o fatídico atentado que, segundo a "Secretária de Segurança Pública do Estado de São Paulo", vitimou um total de 10 mortos dentre os quais, os dois autores do atentado e 11 feridos, na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na grande São Paulo. As vítimas tinham entre 15 e 59 anos. Uma verdadeira barbárie que está longe de ser um caso isolado. A violência tem ganhado corpo cada vez mais nos últimos anos, e cabe aqui, fazer uma análise reflexiva desta questão. Seja, em São Paulo, no Rio de Janeiro ou em qualquer cidade do país, em menos ou grande proporção dada a proliferação exacerbada da violência entre jovens e pessoas de todas as idades é preciso um olhar muito atento das autoridades. Vivemos tempos difíceis, onde a cautela e o amor não são as palavras que imperam de fato e de direito.

  Os poderes judiciário, executivo e legislativo precisam juntamente com a sociedade civil abrir um debate público, a fim de que, encontremos uma saída para elucidação dos fatos e a erradicação da violência em nível nacional. Trata-se de uma questão de suma importância e de utilidade pública. Discute-se de maneira leviana, sobre a liberação de armamento, diminuição da maioridade penal sem sequer submeter todo o contexto a uma fria análise. Não adianta no afã do momento, criar medidas que em nada contribuam para o progresso do país. O grande problema, é que, durante anos a educação foi deixada em segundo plano, pelos governantes e nesta direção as crianças foram crescendo e as consequências são inevitáveis. Não dá para ignorarmos que o estado falhou e tem falhado, assim como muitos pais e mães que, passaram a afrouxar a cobrança e o rigor com que tratam os seus filhos. Atualmente, as crianças são criadas soltas sem um direcionamento. Logo, o que esperar de uma juventude que era para ser o futuro da nação?? Há que se ter a parceria entre o estado e a família por meio da escola. Não adianta projetar para o estado toda a culpa das mazelas sociais. A educação começa em casa. Sabemos que os tempos são outros, mas entendemos também que existe uma palavra que, a meu ver, encaixa-se perfeitamente neste contexto, a adequação! Novos tempos, novas medidas e tratamento a altura para a situação atual. Uma lástima o que estamos acompanhando. A questão é mais profunda do que se pode imaginar, pois a violência reside em milhões de pessoas a partir da falta de palavras que fazem toda a diferença no dia a dia, tais como; bom dia, por favor e obrigado. O amor pelo próximo tem se perdido e não é de hoje. As pessoas, sem generalizar, estão cada vez mais, distanciadas umas das outras e de si mesmas. Não há um entendimento pleno de que, nós seres humanos, temos a nossa plenitude quando agimos com empatia, ou seja, quando possuímos a capacidade de colocar-se no lugar do outro, quando fazemos pelo nosso próximo o que queremos que façam por nós. Parece que falar deste tema fazendo uma análise antropológica das relações sociais é algo que afasta-se do sentido, mas tem tudo a ver, pois sabemos que, enquanto não houver a conscientização sobre determinados valores deixados para trás, por conta de um pseudo avanço não conseguiremos atingirmos o progresso que tanto almejamos. Quando falo, pseudo avanço, é no tocante ao desenvolvimento de tantos segmentos da tecnologia. A despeito do desenvolvimento tecnológico, parece-me que, temos tido avanços e retrocessos e quando há mais retrocesso humano e avanço das máquinas é preciso que, nós comecemos a nos preocuparmos e muito com todo o contexto, e não apenas com parte dele. As questões aqui, discorridas buscam abranger a essência dos fatos e levar todos a reflexão sobre o sentido que temos dado a vida e de como estamos nos tratando e tratando o nosso próximo.

  A cultura de paz é algo muito bonito de se ouvir e ler, mas a harmonia que produz a paz encontra-se no exercício do amor incondicional ao próximo. Deixo o registo dos meus mais sinceros sentimentos de pesar, a todos os familiares das vítimas, e a todos os moradores de Suzano.



João Luciano




6 comentários:

  1. Uma geração informatizada, onde o dialogo não existe mais.É muito triste ver jovens se perdendo desse jeito. Desce crianças devemos dar amor e atenção aos nossos filhos e ter a sensibilidade de perceber quando algo está errado . Não é fácil criar filhos nesses tempos digitais , onde joguinhos viraram moda e algo normal. Que Deus conforte os corações das famílias daqueles que se foram nessa tragédia e de todos que a mídia não chega mostrar. E tenha misericórdia de todos nós.

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    1. Reflexão e atitude, são só algumas das palavras chaves para o começo da resolução de muitos problemas. Gratidão pela participação sua, amiga e leitora, Elizabeth Almeida!

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  2. Concordo com vc, enquanto deixarmos que nossas crianças e jovens cresçam sem o ensinamento da humildade e amor ao próximo estaremos sujeitos a tragédia como essa, passou da hora de mostrarmos a eles que existe algo mais valioso que qualquer outra coisa no mundo, O AMOR. Amor ao próximo, respeito e solidariedade, palavras chave para todos os problemas da humanidade.

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    1. Verdade.A conscientização sobre o sentido da vida e da origem dos males é fundamental para o encontro da solução. Gratidão pela sua rica, participação!

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  3. verdade a Violência esta de mais as pessoas não tem mais sentimentos por ninguém só DEUS na misericórdia.

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    1. Isto precisa mudar. Gratidão por sua participação prezada, leitora!

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