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24 de dezembro de 2018

O Natal na Atualidade e as Perspectivas para o Futuro

  Ao fazer uma revista ao passado, olhar o presente e projetar o futuro fico bem reflexivo. As pessoas estão cada vez mais distantes do espírito natalino e consequentemente de um mundo melhor. A mesquinhez de espírito, a falta de compaixão, o distanciamento da fé e a apatia tem sido as características dos últimos tempos. Fico a imaginar o que será das próximas gerações! Vivemos uma realidade de anseio de paz por meio de discursos arraigados de uma defesa enfática da cultura de paz. No entanto, ao mesmo tempo, temos um mascaramento da realidade pratica que por vezes é tão controversa. Fala-se de um mundo melhor e não existe um olhar para o próximo, para o pobre, aflito, abandonado, moribundo e aqueles com quem convivemos. Sei que não somos seres perfeitos. Somos uma junção de defeitos e qualidades, porém o que faz a diferença no uso de nossas palavras será o legado de nossas práticas. 

  Não há como discorrer sobre uma data tão importante, sem falar da realidade social e dos dilemas cotidianos. Nos últimos tempos o Natal foi ressignificado nos corações e para muitos passou a ter pouco ou até mesmo perdeu o sentido o que, a rigor, é bem triste. A essência do amor está na solidariedade, nas saudáveis relações sociais e, sobretudo de ter no centro das atenções um Deus. digo, Deus, no sentido mais amplo e eclético da palavra, pois não defendo esta ou aquela religião. Acredito piamente no poder da fé e de práticas que caminhem lado a lado com o que falamos. Não adianta dizermos algo e seguirmos na contramão de nossas ideias. A fé é algo que está dissociado de credo religioso, haja visto que, a mesma é uma chama gerada dentro de nós por meio de um Deus que, na minha concepção, transcende a tudo que podemos compreendermos. Para muitos trata-se de uma divindade que se materializa nas leis que regem o universo e manifestam-se por meio da natureza e para tantos outros, Deus sequer existe. No último caso, é um direito. Pensando democraticamente, cada cidadão é livre para acreditar ou não em algo, para concordar ou não com determinada vertente, para expressar seus pensamentos das mais variadas formas. A questão preocupante é em que ponto nós chegamos! Em épocas natalinas e de transição de um ano para o outro víamos pessoas cumprimentarem-se, tínhamos a campanha: “Natal sem Fome”, encabeçada de maneira tão guerreira e nobre pelo saudoso sociólogo brasileiro: Herbet de Souza, mas conhecido como Betinho. Atualmente, além de não termos campanhas tão relevantes como a citada, não percebo, sem generalizar, a amorosidade que em outros tempos vislumbrava-se no ser humano. Havia ternura no olhar, atenção para com o outro mesmo que não houvesse motivos. Havia integração, as pessoas conversavam, olhavam-se nos olhos, contemplavam o amor verdadeiro que não está nos bens materiais, na mesa farta por meio de ideias incutidas por um sistema capitalista exacerbado que impera em nossa civilização. Não quero desta feita, dizer que seja ruim ganhar e dar presente e ter a confraternização em meio a uma mesa farta, mas de que a felicidade não pode estar presa ao ter, mas sim ao ser. Sei que para muitos isto é uma ideologia ultrapassada e na linguagem popular até careta, mas a meu ver, o ser é tudo. A realidade é que há muita hipocrisia em nossa sociedade, mas esta acaba-se quando tiramos os olhos do próprio umbigo e olhamos para o nosso próximo com amor, tenha este dinheiro ou não. As relações sociais estão cada vez mais dilaceradas também por conta do uso excessivo das redes sociais que tomam tanto o tempo do ser humano que este por sua vez, mal apercebe-se disto. Enfim, o amor tem esfriado a cada dia e com isso a cada novo ano deparo-me com a infeliz necessidade de trazer à baila a discussão de questões que de algum modo possam levar todos a uma profunda reflexão sobre a vida e práticas. Não tenho família e aproveito o ensejo, para dizer a todos que sofrem pela perda de um ente querido que: tudo passa e o mais importante está no valor que damos em vida aos que estão a nossa volta. Não digo que, não haja certa tristeza, nostalgia. Normal. Contudo, venci todas estas dores e venço dilemas até hoje, com bravura e resistência. Não deixe de abraçar quem você ama e de dizer o quanto esta pessoa é importante para você. Hoje não tenho família de sangue, mas de coração. Pessoas especiais que surgiram em minha vida. Fica a minha gratidão a cada uma delas e, sobretudo a Deus que até aqui tem estado ao meu lado. 

  Desde já, aproveito para registar a minha imensa gratidão aos milhares de amigos e leitores que durante todos estes anos acompanharam e acompanham minhas obras, seja no Brasil e no mundo. Fico realizado em entender minha missão e de contemplar o quanto minhas palavras de algum modo estão indo de encontro a tantas pessoas que precisam. No ano de 2019, darei sequência ao desenvolvimento de novas matérias, com a certeza de que o maior legado de um ser humano está no lutar por novos e melhores dias! Feliz Natal e um Ano de 2019 repleto de saúde, paz realizações, alegrias e amor para todos!!!



João Luciano. 



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