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2 de setembro de 2018

O Teatro e o Descaso com a Cultura no Brasil


 Ao centro da foto, á atriz: Fernanda Montenegro, no seu lado direito, sua filha e atriz: Fernanda Torres. No lado esquerdo, o ator: Antônio Fagundes e a frente, Zé Celso. Foto feita por: Jennifer Glass. Existem questões que  beiram a mais absoluta vergonha e discorrer sobre fatos em pauta é fundamental para que seja fomentado um debate público a fim de encontrar saídas dentro da lei para que haja uma efetiva democratização da cultura. Temos a lei 8.313 instituída em, 23 de dezembro de 1991, conhecida como lei Rouanet em homenagem ao seu criador: Sérgio Paulo Rouanet. Lei esta que, regulamenta os incentivos a cultura feitos por meio do Pronac (Programa Nacional de Apoio a Cultura)voltado para promover o teatro e a  inserção de todas as camadas sociais, como  forma de acesso, enfatizo, democrático,  a cultura. Embora haja tal meio, não tem sido nada fácil.

  O teatro é algo esplêndido e contagiante, mas no entanto, tem sido um desafio descomunal para atrizes e atores brasileiros levar seus trabalhos a diante, pois encontram a limitação financeira para manterem em cartaz, as peças que interpretam e até mesmo levá-las para outros estados. As estruturas de um teatro demandam gastos e toda a preparação de um elenco também. Logo, quando os valores chegam as bilheterias, são repassados de acordo com os gastos tidos e fica inacessível ao povo que compõe a camada desfavorecida da sociedade. Com isso, o teatro e toda a forma de se propagar e manter a cultura no país é altamente desafiador. Trata-se de um absurdo que, nós cidadãos, vivamos em um país que não valorize a cultura que é tão bem representada por meio de suas atrizes e atores! Lamentável e inaceitável. Mas sob o ponto de vista de um sistema que visa manter boa parte do povo alienado, compreende-se muito das razões. Ter um povo sem cultura é conveniente para o governo. Daí a diferença aterradora entre a realidade do teatro brasileiro em relação ao do exterior. A exemplo de tudo isto temos a peça: Hamlet da autoria do grande William Shakespeare, dentre tantas outras peças que inclusive, já foram interpretadas no Brasil.  Daí a compreensão do porquê ao contrário de outros países, as atrizes e atores brasileiros vivem dentro de um com texto surreal, como o que vemos, o de terem que reinventar-se a cada dia para tentar promover a cultura por meio do teatro como o grande, José Celso Martinez Corrêa, mas conhecido como: “Zé Celso”, um dos nomes mais importantes do teatro brasileiro. Temos lei e como, sempre, percebemos que há um descaso por parte dos governantes em fomentar, promover incentivos a cultura.  Por estas e outras que entendemos as razões de nós estarmos em um país subdesenvolvido. Com isso as pessoas vão ficando cada vez mais, sem perspectivas de um futuro melhor e esta situação é inaceitável. A educação sempre deveria ter sido o ponto de partida para o avanço do país na cartilha de todo governante. No entanto, no Brasil não houve e não há isto. Um país onde a educação e a cultura sempre estiveram em terceiro ou até mesmo em quinto plano. Um país marcado pelo descaso com projetos fundamentais para o desenvolvimento de qualquer nação. Tendo esta realidade em vista fica perceptível as razões de sermos um país subdesenvolvido. Sem educação, promoção da cultura e inserção dos menos favorecidos não tem como vislumbrar o avanço de uma nação. Por outro lado, todas as mazelas sociais não podem ser atribuídas ao governo. O povo também tem a sua parcela de culpa por não fiscalizar os passos dos políticos que elegem. Cabe a nós, cidadãos, coloca-los no poder, mas de sobretudo acompanhar o que eles fazem. Realmente ao olhar a situação do país fica difícil saber o que fazer. Falta atitude, engajamento e a mobilização da sociedade, mas sigamos em frente com determinação. Não posso deixar de citar o meu amigo e irmão de coração: "Eli Santos", jornalista de imenso gabarito, radialista e apresentador da rádio "Top FM - São Paulo". Ser humano, sobretudo humilde e de quem compartilho amizade. Em conversa com o mesmo pude perceber as nuances da vida artística de modo mais aprofundado. Sem falar das amigas e atrizes: Nivia Helen Roman e Lica Oliveira, bem como um dos maiores atores do país: Milton Gonçalves, com quem conversei, pessoalmente, acerca de tantos assuntos. Seres humanos incríveis e de uma humildade sem igual. Cito os supra, renomados, artistas como forma de parabenizar a todos os artistas brasileiros que, esmeram-se todos os dias  para oferecerem o seu melhor em palco ou no rádio e na televisão!! Aproveito a oportunidade para ressaltar a minha manifestação de tristeza com o incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Uma perda irreparável!

 Conclusão: a meu ver, um país sem teatro, educação de qualidade e cultura de um modo geral, tem uma nação sem memória e sem perspectivas. Precisamos mudar esta realidade. Reflitam e tenham um excelente dia!!!



João Luciano Silva da Costa


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