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12 de setembro de 2018

Museu Nacional: Uma Perda Irreparável

  Ao ver a imagem ao lado, reflito com pesar o que foi, o belo Museu Nacional, localizado na cidade do Rio de janeiro, o qual tive a oportunidade de visitar, certa vez. Encontro somente uma palavra para tentar descrever, o incêndio no Museu Nacional do Rio de janeiro: Descaso. A indiferença contribuiu e os responsáveis precisam ser punidos. Quantos pesquisadores, museólogos, paleontólogos, historiadores, atrizes, atores, idealizadores da manutenção da cultura dentre tantos, estão sofrendo a perda incomensurável que tivemos com a fatídica tragédia. Escrever sobre fatos como este é de uma tristeza muito grande, mas como escritor não posso furtar-me de tecer com profundidade as considerações necessárias, pois trata-se de uma questão de utilidade pública. Por anos a fio o patrimônio histórico brasileiro foi relegado, deixado para segundo plano por políticos que mancharam a história nacional. Políticos que passaram pelo poder e usaram do mesmo para sugar até a última gota de sangue que puderam. 

  Com tantos roubos e descasos o que vemos é a constatação óbvia de algo que cedo ou tarde aconteceria. Negligenciaram e negligenciam o papel que possuem por dever, que é o de zelar pelo patrimônio público. O Museu Nacional abrigava obras que foram frutos de conquistas árduas e quem irá reparar está perda? Não há como. Tratava-se de vasto acervo cultural. A perda é de simplesmente 200 anos de pesquisas materializadas em obras que jamais terão como serem restituídas ao povo brasileiro e a comunidade acadêmica. Um verdadeiro absurdo. O Museu Nacional teve sua inauguração em, 1818 e foi entre os anos de 1808 e 1821, residência da família real portuguesa dentre os quais, Dom Pedro I que, proclamou a independência do Brasil. O museu abrigou também a família imperial brasileira de 1822 a 1889. A supra instituição foi tombada em, 1938 pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Sem falar que, o Museu Nacional, figurou até meados do corrente ano de 2018, como um dos maiores museus de história natural e de antropologia das Américas. O ocorrido gerou uma perda sem precedentes para o Brasil. Penso que, todos que trataram com indiferença instituições como esta deixam para as suas próprias gerações um legado de absoluto abandono com o erário público e a prática criminosa de relegar, deixar a mais completa vulnerabilidade, fragmentos que fizeram parte do passado e que repercutirá na vida das próximas gerações que não terão como vislumbrar a beleza e riqueza de conquistas obtidas a partir de árduo trabalho. Algo irrecuperável. Importante frisar que, esta base na qual sustento minhas colocações é fundamental para que todos os brasileiros reflitam sobre a importância do voto e como ele influencia e influenciará no futuro de todos nós. Votar é escolher, mas sobretudo acompanhar os passos de cada político e é requisito fundamental para que tenhamos um país mais justo. Sugiro que a justiça puna governos anteriores e os atuais que, porventura, estejam envolvidos nesta falta gravíssima. Alguma  coisa precisa ser feita efetivamente. Todos, nós cidadãos brasileiros, estamos saturados com tantas irregularidades, corrupções, desumanidades e de ver políticos que quando chegam ao poder acham-se acima do bem e do mal. Dia,  07 de setembro, comemorou-se ou pelo menos deveria ser um dia para comemorarmos a Independência do Brasil e o que percebo é que a cada dia, há menos sentido em comemorar algo neste país em meio a tanta podridão. Valores éticos, cívicos e basilares de nossa democracia foram invertidos e sinto-me absolutamente insatisfeito com o que vejo. Logo, não há o que comemorar, mas sim o que protestar. O meu lema é:" Para mudar precisamos reformar". Reformar a câmara dos deputados estadual e federal com novos integrantes, assim como o senado federal e ter um presidente que de fato represente-nos. Precisamos dar um fim a dinastia e ao nepotismo que só contribuí para o aumento de impunidades e do consequente sofrimento da população menos favorecida. 

  Fato lamentável, porém, as apurações e os culpados precisam pagar pelos seus atos, ou seja, os governantes que não zelaram e não zelam pelo patrimônio público precisam responder. Um povo sem história é um povo sem memória. Reflitam e tenham um excelente dia!!!



João Luciano Silva da Costa


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