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16 de setembro de 2018

Fome, Indiferença e a Importância da Persistência

  Trata-se de um desafio imenso, descrever com riqueza de detalhes, o que para muitos é algo assombroso. A fome e as suas várias faces. O sentimento de fome tem alguns graus e para quem pensa que, em algum momento da vida, sentiu-se faminto, talvez  surpreenda-se. Existe o nível de aperto no qual um indivíduo sofre da necessidade de ter algo para comer além do trivial, comum, como por exemplo: frutas, legumes, hortaliças, tomar um sorvete, comer uma carne, saborear de alimentos que vê outros comendo e não tem como. O que muitos não conseguem é imaginar-se por um dia, dois ou mesmo uma semana sem comer ou um mês comendo de forma precária dentre tantos outros dilemas. Mas ao término creio que todos conseguirão  entender o quanto é fundamental manter-se firme, determinado e persistente quanto ao foco que possuem com relação aos seus objetivos. A superação mesmo em meio aos maiores reveses da vida é fundamental.

  Penso que, a vitória vem da clareza de aonde um indivíduo almeja chegar.  Ou seja, ter claro o que queremos e aonde queremos chegarmos é a força motriz que projeta-nos e proporciona a força de que precisamos para seguir a diante. Sempre, precisamos de um ponto de partida para que nos momentos mais difíceis da vida não desanimemos. Não são fáceis as dores a que somos postos a prova, mas o intuito, a meu ver, é o de que cresçamos e evoluamos ainda mais. Tudo vai depender de como cada pessoa enxerga e reage ao que está vivendo e quais as lições consegue tirar. Na minha concepção, a evolução maior está no lidar com o nosso próximo, no  tornar-se ainda melhor aos que nem sempre nos são recíprocos. Isto posto, as várias nuances relacionadas a fome são dolorosas e por vezes, terríveis, mas por incrível que pareçam são uma rica fonte de aprendizado. A começar pela força que é necessário ter e, sobretudo fé para continuar seguindo em frente, mesmo quando tudo parece não ter solução e todos lhe fechem as portas ou lhe diga um não.  Trata-se de um verdadeiro misto de fé, resiliência e resistência. Só quem já passou ou passa fome sabe do que estou falando. Nestes momentos milhares de pessoas podem até fazerem a seguinte pergunta: o que de tão mirabolante pode-se tirar de aprendizado a partir de uma circunstância de fome? prezadas e prezados leitores do Brasil e do mundo que acompanham as minhas obras, muito pode ser obtido a nível de aprendizado com os momentos avessos e cruéis da vida, inclusive, e especificamente, da fome, tema em pauta. Aprender a lidar com o desprezo de muitos é um dos ensinamentos! Aprender a olhar com amor os que o desprezam e batem no seu ombro dizendo que vai passar e vão embora, sem ao menos, estender as mãos para ajudá-lo naquela circunstância da vida, seja com um afago sincero ou mesmo com minutos de atenção é triste. Sem falar no ter que, lidar com o frio que torna a fome mais intensa. Complicado, mas considero e, portanto, penso que, o pior frio é o existente nos corações de tantos indivíduos que mal querem olhá-lo para não se sentirem na obrigação de ajuda-lo de alguma forma e dos indivíduos que mal querem escutá-lo para não sentirem-se na obrigação de fazer algo. Pessoas que sequer gostam de ouvir. Que contrassenso não encontrar ouvintes quando o preceito básico para ser ouvido está, exatamente, no ouvir. Caso este fato, ocorresse nas ruas, poderíamos até dizermos que trata-se de um perigo, uma temeridade! Mas e com relação aos casos em que isto ocorre quando alguém está desempregado, doente etc. Às voltas com estas e tantas outras questões que resolvi abordar sobre os vários níveis de "Fome, Indiferença e a Importância da Persistência". Percebo muitas vezes que, a dor da fome confundi-se com o da indiferença daqueles que pensam que são imunes a miséria, seja por terem nascidos em berços de ouro ou os que vivem com a soberba de achar-se melhores do que os demais! Ah, como é triste! Perceber a arrogância e falta de sensibilidade humana é terrível. Como se ao morrer todos fossem levar em seus caixões o dinheiro que possuem, os apartamentos, casas, carros etc. Tudo, literalmente, fica. O que levamos é um espírito que pode estar em determinado grau de evolução ou de um mais absoluto retrocesso e que certamente responderá pelas negligências que cometeu caso não as corrija. Compreendam que a fome passa, mas o desprezo ofertado, o sorriso poupado, o egoísmo, o individualismo dentre tantas coisas fica registrado. Desta feita, fica para todos, a oportunidade de uma profunda reflexão sobre a coerência entre o que falam e do que fazem, a religiosidade enfadonha e hipócrita dos que possuem a pretensa ideia de passar uma imagem de santo diante da sociedade e vivem dentro de um absoluto contrassenso. A  avareza, o egoísmo, individualismo, soberba dentre tantos outros são os abismos da humanidade.  

  Ter consciência sobre o papel social e voluntário de cada indivíduo faz com que, todos nós, vejamos na empatia, ou seja, no colocar-se no lugar do outro, um dos pontos de partida para a aquisição de um mundo mais justo e sem desigualdades.  Reflitam e tenham um excelente dia!!!


João Luciano Silva da Costa



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