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27 de setembro de 2018

Um Comediante Contraditório na Política

  Há quase um ano, escrevi um artigo, onde falei sobre a atitude do comediante: Francisco Everardo Oliveira Silva, mas conhecido como: Tiririca, dando conta de que o mesmo não faria parte da vida pública, declarações feitas por ele à imprensa. Tiririca teve ainda a atitude sórdida de dar uma entrevista ao renomado e respeitado jornalista: Roberto Cabrini, contando estar inconformado com a política dentre tantas outras coisas. Atualmente, o referido comediante lançou sua candidatura a deputado federal para a legislatura que compreende o período de 2019 ao ano de 2021. Quanta contradição. Fico assistindo a sordidez com que determinadas pessoas portam-se dentro do contexto político. Verdadeiros amadores e absolutamente, irresponsáveis. Assistam, abaixo, a entrevista reveladora que o supra comediante, deu em reportagem feita pelo programa: "Conexão Repórter" do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), apresentado pelo jornalista: Roberto Cabrini:




  Não é fácil descrever determinados assuntos, mas como escritor e com a lisura que me é peculiar não poderia as vésperas das eleições deixar de expor minhas considerações sobre este fato. Até porque tudo que defendia a época sobre o referido candidato foi com base no que o mesmo falou em tribuna e em minhas pesquisas. Sem falar do discurso que Tiririca fez na tribuna da câmara, manifestando estar inconformado com a política. Tal discurso está presente no corpo do artigo que publiquei em, 07 de dezembro de 2017 no link a seguir: http://jluciano442.blogspot.com/2017/12/um-humorista-que-sai-da-politica-e.html. Não falo aqui do comediante, mas sim de um indivíduo que  utilizou-se da sua imagem de comediante para lançar-se como candidato e que em dado episódio, disse estar decepcionado com a política nacional e que por esta e outras razões não iria mais, disputar a cargos públicos. O mesmo disse ainda que, naquele momento estava renunciando ao seu mandato. Penso que, muitos políticos precisam ter vergonha na cara, assim como este senhor. A política não é um palco para palhaçadas, como o mesmo demonstra imaginar. Trata-se de um cargo público com responsabilidades a serem cumpridas. Responsabilidades estas que, dizem respeito a vida de milhões de brasileiros que pagam arduamente, seus impostos.  A decepção fica a cargo, dos cidadãos brasileiros, que lidam com candidatos que como este não sabem o que querem e, pior, subestimam o povo brasileiro com suas posturas contraditórias e antiéticas. Aliás, é o que, infelizmente, descreve bem o perfil de alguns políticos brasileiros que para conseguirem alguma coisa passam por cima de tudo, inclusive, de suas convicções. Nós, o povo, não podemos eleger ou reeleger figuras como estas que não nos representam e mancham a história do Brasil. Imaginem: este político mentiu para nação ao dizer que não concorreria a cargos públicos e de que muito menos continuaria no cargo a época. Isto é um escárnio, um deboche com o eleitor brasileiro. Diante do exposto, o que de fato será verdade no discurso de Tiririca? Quantos além dele possuem a mesma característica? Questionamentos que, a meu ver,  são muito pertinentes.  São tantas canalhices que, enquanto cidadãos, somos obrigados a assistirmos. Fico enojado com tamanho cinismo. Tudo isto só corrobora, ou seja, confirma e mostra-nos que vivemos em meio a mais absurda e escancarada hipocrisia. Retiro minhas palavras de enaltecimento ao cidadão: Tiririca e faço um chamamento público para que todos reflitam antes de irem as urnas, pois assim como este existem tantos outros que brincam com a política colocando todos nós como verdadeiros palhaços. Isto é inaceitável.

  Na minha concepção, trazer este fato a baila é de extrema utilidade pública. Atitudes como as que foram analisadas aqui, descrevem a qualidade dos políticos que, sem generalizar, atualmente, ocupam os grandes cargos públicos no país. Que estas atitudes vergonhosas sejam vistas e revistas, por todos os cidadãos, a fim de que, reformulemos a política nacional. Reflitam e tenham um excelente dia!!!


João Luciano Silva da Costa. 


23 de setembro de 2018

A Violência no Estado do Rio de Janeiro e no Brasil

 Na imagem ao lado, temos a linda  e esplêndida paisagem da Baía de Guanabara. Diante de uma das estupendas belezas da cidade, torna-se ainda mais difícil, discorrer sobre a violência do Rio de Janeiro, conhecido mundialmente como a "Cidade Maravilhosa". Muito triste. Estado no qual nasci e  fui criado! Atualmente, paira no ar, o mais absoluto sentimento de barbárie e insegurança em todo o estado e o que vemos é um povo a deriva e que sente-se vulnerável por conta da ausência do poder público. Governantes que em nada contribuíram e contribuem para redução da violência e da intranquilidade do povo fluminense.  Assistam, abaixo, a realidade da violência na supra cidade em reportagem feita pelo programa: "Conexão Repórter" do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), apresentado pelo jornalista: Roberto Cabrini:


  Importante frisar que, a situação da violência no estado do Rio de janeiro é fruto da falta de investimentos em educação como medida fundamental. Aliás, um dever de todos os governantes do país é proporcionar uma educação e saúde de qualidade. Sem falar no saneamento básico, segurança  etc. O que vemos hoje são consequências de práticas criminosas de governos que dilapidaram, ou seja, destruíram as finanças do estado por meio da corrupção e absoluto desrespeito para com os cidadãos. Brasileiros que pagam seus impostos à custa de tantos sacrifícios e  não possuem o minímo retorno. Isto é inaceitável.  No dia a dia, os cidadãos seguem lutando por tempos melhores em meio a atroz disparidade socioeconômica. Este é o povo brasileiro! Uma nação que mesmo diante de todas as vicissitudes mostra-se resistente e persistente em seguir a diante.  Por um lado, a indiferença do estado, por outro a gritante desigualdade social.  A desigualdade econômica é uma outra mazela evidente no país. Ao assistir de fora, tudo que vem ocorrendo no Brasil penso sobre o que será da geração presente e das próximas gerações. Cidadãos trabalhadores que lutam dia após dia para levarem para suas casas o sustento. Povo que no passado viveu refém da violência e, atualmente, sobrevive dentro de um contexto de absoluta vulnerabilidade em decorrência do descontrole do que podemos chamar de barbárie. Não existe, no momento, uma área do Rio de Janeiro que não esteja violenta. O que há são lugares aonde grupos criminosos organizados, atuam com mais intensidade como no caso das comunidades. Tiroteios constantes, assaltos, as conhecidas como: balas perdidas que acometem tantas pessoas inocentes e todo um conjunto de fatores que de modo sistemático contribuem para o avanço da criminalidade e do consequentemente aumento de homicídios. Ao avaliar todos os aspectos sociais do estado do Rio de Janeiro e do Brasil como um todo é algo que deixa-nos a preocupação e mostra-nos os desafios que os próximos governantes terão. Não adianta os políticos surgirem com falsas promessas, cheias de retóricas, ou seja, de palavras bonitas, mas sem práticas efetivas. O brasileiro não aguenta mais e muito menos aceita tanta mentira. No entanto, vale frisar que, em parte, a população brasileira possuí a sua parcela de culpa. Foram anos e anos sem a fiscalização do povo sobre as atividades dos políticos que elegeram e, pior, a maioria sequer lembra-se de qual foi o candidato que elegeu. Penso que, é um absurdo e beira a uma temeridade, a ausencia dos cidadãos no controle do cumprimento das promessas dos políticos e cobrança a fim de que as experiências negativas não repitam. Não adianta transferir para os governantes que agiram de má fé toda a culpa, pois todos, nós cidadãos, temos o papel obrigatório de cobrar.  O povo, atualmente, conta com vários meios de informação e chegamos a um ponto insuportável. Precisamos sim, de um debate público, incisivo a fim de buscar junto à sociedade a saída para a pacificação e possíveis soluções para todas as mazelas que assolam o estado e o país há anos. Triste acompanhar a realidade em que chegamos. O estado do Rio de janeiro e o Brasil precisam ser passados a limpo. Crianças convivendo com a nua e crua realidade de uma cidade sem leis e de um país desigual. Exemplos clássicos de um país subdesenvolvido e que não oferece aos seus, o mínimo necessário. Um absurdo. Ressalto que,  apesar de o assunto em pauta estar tratanto da cidade do Rio de janeiro, todos os estados do Brasil  convivem  com a realidade da violência. Não podemos permitir que em nome do estado do Rio de janeiro estar vivendo, no momento, uma situação delicada os outros estados jogem as suas sugeiras para debaixo do tapete. Há violência em todos os estados do país e isto precisa ser tratado e definitivamente, resolvido.

  Conclusão: um estado e um país dominado pelo caos e pela inação, ou seja, falta de atitude dos seus governantes que de moso conveniente nada fazem pela população. Um povo abandonado. O povo não pode curvar-se diante desta realidade. Estamos cada vez mais próximos dos dias das eleições e com isto teremos a oportunidade ímpar de renovar o quadro político, a partir da mudança dos personagens que, atualmente, fazem parte do cenário política nacional. Reflitam e tenham um excelente dia!!!


João Luciano Silva da Costa


16 de setembro de 2018

Fome, Indiferença e a Importância da Persistência

  Trata-se de um desafio imenso, descrever com riqueza de detalhes, o que para muitos é algo assombroso. A fome e as suas várias faces. O sentimento de fome tem alguns graus e para quem pensa que, em algum momento da vida, sentiu-se faminto, talvez  surpreenda-se. Existe o nível de aperto no qual um indivíduo sofre da necessidade de ter algo para comer além do trivial, comum, como por exemplo: frutas, legumes, hortaliças, tomar um sorvete, comer uma carne, saborear de alimentos que vê outros comendo e não tem como. O que muitos não conseguem é imaginar-se por um dia, dois ou mesmo uma semana sem comer ou um mês comendo de forma precária dentre tantos outros dilemas. Mas ao término creio que todos conseguirão  entender o quanto é fundamental manter-se firme, determinado e persistente quanto ao foco que possuem com relação aos seus objetivos. A superação mesmo em meio aos maiores reveses da vida é fundamental.

  Penso que, a vitória vem da clareza de aonde um indivíduo almeja chegar.  Ou seja, ter claro o que queremos e aonde queremos chegarmos é a força motriz que projeta-nos e proporciona a força de que precisamos para seguir a diante. Sempre, precisamos de um ponto de partida para que nos momentos mais difíceis da vida não desanimemos. Não são fáceis as dores a que somos postos a prova, mas o intuito, a meu ver, é o de que cresçamos e evoluamos ainda mais. Tudo vai depender de como cada pessoa enxerga e reage ao que está vivendo e quais as lições consegue tirar. Na minha concepção, a evolução maior está no lidar com o nosso próximo, no  tornar-se ainda melhor aos que nem sempre nos são recíprocos. Isto posto, as várias nuances relacionadas a fome são dolorosas e por vezes, terríveis, mas por incrível que pareçam são uma rica fonte de aprendizado. A começar pela força que é necessário ter e, sobretudo fé para continuar seguindo em frente, mesmo quando tudo parece não ter solução e todos lhe fechem as portas ou lhe diga um não.  Trata-se de um verdadeiro misto de fé, resiliência e resistência. Só quem já passou ou passa fome sabe do que estou falando. Nestes momentos milhares de pessoas podem até fazerem a seguinte pergunta: o que de tão mirabolante pode-se tirar de aprendizado a partir de uma circunstância de fome? prezadas e prezados leitores do Brasil e do mundo que acompanham as minhas obras, muito pode ser obtido a nível de aprendizado com os momentos avessos e cruéis da vida, inclusive, e especificamente, da fome, tema em pauta. Aprender a lidar com o desprezo de muitos é um dos ensinamentos! Aprender a olhar com amor os que o desprezam e batem no seu ombro dizendo que vai passar e vão embora, sem ao menos, estender as mãos para ajudá-lo naquela circunstância da vida, seja com um afago sincero ou mesmo com minutos de atenção é triste. Sem falar no ter que, lidar com o frio que torna a fome mais intensa. Complicado, mas considero e, portanto, penso que, o pior frio é o existente nos corações de tantos indivíduos que mal querem olhá-lo para não se sentirem na obrigação de ajuda-lo de alguma forma e dos indivíduos que mal querem escutá-lo para não sentirem-se na obrigação de fazer algo. Pessoas que sequer gostam de ouvir. Que contrassenso não encontrar ouvintes quando o preceito básico para ser ouvido está, exatamente, no ouvir. Caso este fato, ocorresse nas ruas, poderíamos até dizermos que trata-se de um perigo, uma temeridade! Mas e com relação aos casos em que isto ocorre quando alguém está desempregado, doente etc. Às voltas com estas e tantas outras questões que resolvi abordar sobre os vários níveis de "Fome, Indiferença e a Importância da Persistência". Percebo muitas vezes que, a dor da fome confundi-se com o da indiferença daqueles que pensam que são imunes a miséria, seja por terem nascidos em berços de ouro ou os que vivem com a soberba de achar-se melhores do que os demais! Ah, como é triste! Perceber a arrogância e falta de sensibilidade humana é terrível. Como se ao morrer todos fossem levar em seus caixões o dinheiro que possuem, os apartamentos, casas, carros etc. Tudo, literalmente, fica. O que levamos é um espírito que pode estar em determinado grau de evolução ou de um mais absoluto retrocesso e que certamente responderá pelas negligências que cometeu caso não as corrija. Compreendam que a fome passa, mas o desprezo ofertado, o sorriso poupado, o egoísmo, o individualismo dentre tantas coisas fica registrado. Desta feita, fica para todos, a oportunidade de uma profunda reflexão sobre a coerência entre o que falam e do que fazem, a religiosidade enfadonha e hipócrita dos que possuem a pretensa ideia de passar uma imagem de santo diante da sociedade e vivem dentro de um absoluto contrassenso. A  avareza, o egoísmo, individualismo, soberba dentre tantos outros são os abismos da humanidade.  

  Ter consciência sobre o papel social e voluntário de cada indivíduo faz com que, todos nós, vejamos na empatia, ou seja, no colocar-se no lugar do outro, um dos pontos de partida para a aquisição de um mundo mais justo e sem desigualdades.  Reflitam e tenham um excelente dia!!!


João Luciano Silva da Costa



12 de setembro de 2018

Museu Nacional: Uma Perda Irreparável

  Ao ver a imagem ao lado, reflito com pesar o que foi, o belo Museu Nacional, localizado na cidade do Rio de janeiro, o qual tive a oportunidade de visitar, certa vez. Encontro somente uma palavra para tentar descrever, o incêndio no Museu Nacional do Rio de janeiro: Descaso. A indiferença contribuiu e os responsáveis precisam ser punidos. Quantos pesquisadores, museólogos, paleontólogos, historiadores, atrizes, atores, idealizadores da manutenção da cultura dentre tantos, estão sofrendo a perda incomensurável que tivemos com a fatídica tragédia. Escrever sobre fatos como este é de uma tristeza muito grande, mas como escritor não posso furtar-me de tecer com profundidade as considerações necessárias, pois trata-se de uma questão de utilidade pública. Por anos a fio o patrimônio histórico brasileiro foi relegado, deixado para segundo plano por políticos que mancharam a história nacional. Políticos que passaram pelo poder e usaram do mesmo para sugar até a última gota de sangue que puderam. 

  Com tantos roubos e descasos o que vemos é a constatação óbvia de algo que cedo ou tarde aconteceria. Negligenciaram e negligenciam o papel que possuem por dever, que é o de zelar pelo patrimônio público. O Museu Nacional abrigava obras que foram frutos de conquistas árduas e quem irá reparar está perda? Não há como. Tratava-se de vasto acervo cultural. A perda é de simplesmente 200 anos de pesquisas materializadas em obras que jamais terão como serem restituídas ao povo brasileiro e a comunidade acadêmica. Um verdadeiro absurdo. O Museu Nacional teve sua inauguração em, 1818 e foi entre os anos de 1808 e 1821, residência da família real portuguesa dentre os quais, Dom Pedro I que, proclamou a independência do Brasil. O museu abrigou também a família imperial brasileira de 1822 a 1889. A supra instituição foi tombada em, 1938 pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Sem falar que, o Museu Nacional, figurou até meados do corrente ano de 2018, como um dos maiores museus de história natural e de antropologia das Américas. O ocorrido gerou uma perda sem precedentes para o Brasil. Penso que, todos que trataram com indiferença instituições como esta deixam para as suas próprias gerações um legado de absoluto abandono com o erário público e a prática criminosa de relegar, deixar a mais completa vulnerabilidade, fragmentos que fizeram parte do passado e que repercutirá na vida das próximas gerações que não terão como vislumbrar a beleza e riqueza de conquistas obtidas a partir de árduo trabalho. Algo irrecuperável. Importante frisar que, esta base na qual sustento minhas colocações é fundamental para que todos os brasileiros reflitam sobre a importância do voto e como ele influencia e influenciará no futuro de todos nós. Votar é escolher, mas sobretudo acompanhar os passos de cada político e é requisito fundamental para que tenhamos um país mais justo. Sugiro que a justiça puna governos anteriores e os atuais que, porventura, estejam envolvidos nesta falta gravíssima. Alguma  coisa precisa ser feita efetivamente. Todos, nós cidadãos brasileiros, estamos saturados com tantas irregularidades, corrupções, desumanidades e de ver políticos que quando chegam ao poder acham-se acima do bem e do mal. Dia,  07 de setembro, comemorou-se ou pelo menos deveria ser um dia para comemorarmos a Independência do Brasil e o que percebo é que a cada dia, há menos sentido em comemorar algo neste país em meio a tanta podridão. Valores éticos, cívicos e basilares de nossa democracia foram invertidos e sinto-me absolutamente insatisfeito com o que vejo. Logo, não há o que comemorar, mas sim o que protestar. O meu lema é:" Para mudar precisamos reformar". Reformar a câmara dos deputados estadual e federal com novos integrantes, assim como o senado federal e ter um presidente que de fato represente-nos. Precisamos dar um fim a dinastia e ao nepotismo que só contribuí para o aumento de impunidades e do consequente sofrimento da população menos favorecida. 

  Fato lamentável, porém, as apurações e os culpados precisam pagar pelos seus atos, ou seja, os governantes que não zelaram e não zelam pelo patrimônio público precisam responder. Um povo sem história é um povo sem memória. Reflitam e tenham um excelente dia!!!



João Luciano Silva da Costa


2 de setembro de 2018

O Teatro e o Descaso com a Cultura no Brasil


 Ao centro da foto, á atriz: Fernanda Montenegro, no seu lado direito, sua filha e atriz: Fernanda Torres. No lado esquerdo, o ator: Antônio Fagundes e a frente, Zé Celso. Foto feita por: Jennifer Glass. Existem questões que  beiram a mais absoluta vergonha e discorrer sobre fatos em pauta é fundamental para que seja fomentado um debate público a fim de encontrar saídas dentro da lei para que haja uma efetiva democratização da cultura. Temos a lei 8.313 instituída em, 23 de dezembro de 1991, conhecida como lei Rouanet em homenagem ao seu criador: Sérgio Paulo Rouanet. Lei esta que, regulamenta os incentivos a cultura feitos por meio do Pronac (Programa Nacional de Apoio a Cultura)voltado para promover o teatro e a  inserção de todas as camadas sociais, como  forma de acesso, enfatizo, democrático,  a cultura. Embora haja tal meio, não tem sido nada fácil.

  O teatro é algo esplêndido e contagiante, mas no entanto, tem sido um desafio descomunal para atrizes e atores brasileiros levar seus trabalhos a diante, pois encontram a limitação financeira para manterem em cartaz, as peças que interpretam e até mesmo levá-las para outros estados. As estruturas de um teatro demandam gastos e toda a preparação de um elenco também. Logo, quando os valores chegam as bilheterias, são repassados de acordo com os gastos tidos e fica inacessível ao povo que compõe a camada desfavorecida da sociedade. Com isso, o teatro e toda a forma de se propagar e manter a cultura no país é altamente desafiador. Trata-se de um absurdo que, nós cidadãos, vivamos em um país que não valorize a cultura que é tão bem representada por meio de suas atrizes e atores! Lamentável e inaceitável. Mas sob o ponto de vista de um sistema que visa manter boa parte do povo alienado, compreende-se muito das razões. Ter um povo sem cultura é conveniente para o governo. Daí a diferença aterradora entre a realidade do teatro brasileiro em relação ao do exterior. A exemplo de tudo isto temos a peça: Hamlet da autoria do grande William Shakespeare, dentre tantas outras peças que inclusive, já foram interpretadas no Brasil.  Daí a compreensão do porquê ao contrário de outros países, as atrizes e atores brasileiros vivem dentro de um com texto surreal, como o que vemos, o de terem que reinventar-se a cada dia para tentar promover a cultura por meio do teatro como o grande, José Celso Martinez Corrêa, mas conhecido como: “Zé Celso”, um dos nomes mais importantes do teatro brasileiro. Temos lei e como, sempre, percebemos que há um descaso por parte dos governantes em fomentar, promover incentivos a cultura.  Por estas e outras que entendemos as razões de nós estarmos em um país subdesenvolvido. Com isso as pessoas vão ficando cada vez mais, sem perspectivas de um futuro melhor e esta situação é inaceitável. A educação sempre deveria ter sido o ponto de partida para o avanço do país na cartilha de todo governante. No entanto, no Brasil não houve e não há isto. Um país onde a educação e a cultura sempre estiveram em terceiro ou até mesmo em quinto plano. Um país marcado pelo descaso com projetos fundamentais para o desenvolvimento de qualquer nação. Tendo esta realidade em vista fica perceptível as razões de sermos um país subdesenvolvido. Sem educação, promoção da cultura e inserção dos menos favorecidos não tem como vislumbrar o avanço de uma nação. Por outro lado, todas as mazelas sociais não podem ser atribuídas ao governo. O povo também tem a sua parcela de culpa por não fiscalizar os passos dos políticos que elegem. Cabe a nós, cidadãos, coloca-los no poder, mas de sobretudo acompanhar o que eles fazem. Realmente ao olhar a situação do país fica difícil saber o que fazer. Falta atitude, engajamento e a mobilização da sociedade, mas sigamos em frente com determinação. Não posso deixar de citar o meu amigo e irmão de coração: "Eli Santos", jornalista de imenso gabarito, radialista e apresentador da rádio "Top FM - São Paulo". Ser humano, sobretudo humilde e de quem compartilho amizade. Em conversa com o mesmo pude perceber as nuances da vida artística de modo mais aprofundado. Sem falar das amigas e atrizes: Nivia Helen Roman e Lica Oliveira, bem como um dos maiores atores do país: Milton Gonçalves, com quem conversei, pessoalmente, acerca de tantos assuntos. Seres humanos incríveis e de uma humildade sem igual. Cito os supra, renomados, artistas como forma de parabenizar a todos os artistas brasileiros que, esmeram-se todos os dias  para oferecerem o seu melhor em palco ou no rádio e na televisão!! Aproveito a oportunidade para ressaltar a minha manifestação de tristeza com o incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Uma perda irreparável!

 Conclusão: a meu ver, um país sem teatro, educação de qualidade e cultura de um modo geral, tem uma nação sem memória e sem perspectivas. Precisamos mudar esta realidade. Reflitam e tenham um excelente dia!!!



João Luciano Silva da Costa