Idiomas

English French Spain Italian Portuguese Japanese Chinese Simplified

17 de julho de 2018

O Ter e a Importância do Ser


  Ao lado, uma imagem que ilustra e retrata bem uma outra importante vertente que é a de que, por conta de muitos valorizarem o ter, deixam de ser e com isso perdem a ímpar oportunidade de desfrutarem de coisas tão importantes como por exemplo, o belo da vida que, materializa-se na natureza, nos animais e em coisas que o dinheiro não compra. Penso e vejo que, nos últimos tempos, cada vez mais, o ter tem sido a palavra de ordem. As pessoas, sem generalizar, valorizam o próximo pelo que este tem a oferecer e não pelo que é enquanto ser humano. A partir deste e de outros fatores as relações sociais têm atingido um terrível nível de enfraquecimento. Algo lamentável. Um comportamento que a rigor, a meu ver,  revela uma deformidade de caráter porque quem lida com um indivíduo pelo que este possuí, ou seja, por uma conveniência e, portanto, oportunismo é de uma pequenez absurda.
  
  Cabe a mim refletir sobre temas de modo aprofundado e desta feita, vamos em frente.  O fato é que, trata-se de uma reflexão propositiva acerca de pensamentos, contextos, ações e reações diante da vida, ancorados em um construtivismo intelectual e, sobretudo de muitas experiências obtidas no convívio com o outro ao longo da vida. Penso que, vivemos dentro de um contexto societário doente, as pessoas estão cada vez mais imersas e submersas em redes sociais, bem como na busca desenfreada por dinheiro e de um imediatismo surreal. Com o ideal imediatista vive-se com os pés no futuro e o presente, o hoje, deixa de ser comtemplado como deveria. Muitos perderam a conexão com a realidade e, pior, não apercebem-se disto. As relações estão cada vez mais superficiais e instáveis. Sem falar na intolerância encontrada nas atitudes de não aceitação as diversidades, sejam elas no campo religioso, de pensamento etc. No passado a bandeira de luta era a libertação dos escravos, a revolução feminista, a democratização de ideias e hoje lidamos com o contrassenso no qual boa parte da humanidade está presa, escravizada em si mesma. Uma sociedade doente que necessita acordar para a importância do ser, da integração social e do diálogo, para uma vida prática e não virtual como temos visto. O amor ao próximo, como saída de todas as mazelas nas quais estamos inseridos é um ideal, pelo menos para mim, já que nem todos precisam ter uma opinião igual. O individualismo, o egoísmo, a mesquinhez e a consequente apatia é algo triste, mas é plenamente curável. Felizmente ainda existem pessoas que fazem a diferença através de gestos humanitários, pois se veem felizes em serem úteis na vida do próximo e por entenderem que colocar-se no lugar do outro como sendo o principal beneficiado é fundamental. Isto posto, o ser ganha espaço em detrimento do ter. Diante destas e outras perspectivas nasce a importância sobre tantos aspectos relevantes que nem sempre são perceptíveis. Um conselho: Em primeiro lugar seja, pois do contrário, ter não terá sentido algum. A vida é algo que rápido demais para que tenhamos uma passagem pelo "planeta terra", de forma fútil, banal e sem sentido. O sentido do ser é, essencialmente, entender a essência da vida e ver o sentido de tudo em pequenas atitudes que fazem toda a diferença e não o que alguém tem ou aparente ter. Trata-se de algo estapafúrdio e hilário medir o valor de quem quer que seja pelo que este veste, aonde mora e os bens materiais que têm. Pode parecer piada, mas vou descrever uma situação bem corriqueira  e que ocorre em determinados lugares.  Observe o seguinte: o tratamento que lhe darão ao adentrar em um determinado ambiente, comum, de bermuda, chinelo e blusa e perceba que as pessoas o tratarão de uma forma, já de terno ou com uma roupa mais sofisticada, observe como que o tratamento mudará. Deixe claro sua intelectualidade e capacidade e depois deixe que percebam que você não tem dinheiro, carro, ou seja, status. Perceberá que estas esquivarão e se afastarão de você.  Só permanecem os leias. Algo que gera triste, pois o que determinadas pessoas se acham para julgarem o próximo desta maneira. Algo inimaginável. Daí o grau de hipocrisia no qual boa parte da humanidade está inserida. Isto precisa acabar e não com violência, mas de maneira empática olhando tais preconceituosos como seres que por algum motivo não atingiram evolução. Porque se para ter importância dentro da sociedade eu necessite aparentar ser a partir do que tenho fazendo uma auto-afirmação por meio de uma roupagem chegamos, ao mais profundo retrocesso das relações humanas.  Contudo, no tocante a forma como cada indivíduo veste-se, as  regras de etiqueta são ótimas e vestir-se bem é formidável, mas se para ter valor eu precise estar com a grife tal chegamos a uma total contradição. A etiqueta foi implanta segundo encontra-se na história, pelo diplomata italiano: Baldassare de Castilhione. A etiqueta no vestir-se e em outros contextos é algo maravilhoso, mas o que revela a essência de uma etiqueta, sobretudo é o saber tratar a todos de maneira igual e com educação.  Este tema dá oportunidade para discorrer sobre tantas outras questões, mas o farei em um outro projeto.  Não esqueça que só percebemos e vemos quem são os nossos verdadeiros amigos e quem verdadeiramente nos amam, quando estamos em meio a momentos difíceis.

 Sempre vejo na constante reflexão, o caminho para a solução de muitas dores. As reflexões não resolverão os problemas, mas certamente indicam o que deve ser feito. Reflitam e tenham um excelente dia!!!



João Luciano Silva da Costa



Nenhum comentário:

Postar um comentário