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8 de março de 2018

O dia Internacional da Mulher e o Contexto Atual


 Ao longo da história, a mulher sofreu com as amarras do poder machista  que a cerceava em todos os aspectos das relações sociais. Sem falar da violência repressiva que esta sofria e muitas ainda sofrem. Trata-se de algo execrável e inaceitável. Isto tem sido combatido de maneira veemente no Brasil pelo poder judiciário com base na lei 11.340 sancionada em, 07 de Agosto de 2006, intitulada: Maria da Penha. Uma lei criada em menção honrosa a esta que foi e sempre será uma grande mulher:  "Maria da Penha", que depois de inúmeras violências deu um brado de independência, coisa que toda mulher deve fazer. Nunca se esqueçam que a consciência dos nossos direitos, produz liberdade.  O enrijecimento de leis também contribuiu muito. As mulheres além de tudo, viviam sob o silêncio que as amordaçavam. Contudo, elas nunca deixaram de lutarrem e jamais esmoreceram e por conta da bravura se notabilizaram. A mulher ganhou mercado passando a assumir postos de trabalho que jamais imaginara ocupar em outros tempos. Sem dúvida, a imersão feita pela mulher no campo jurídico, político, econômico e social, bem como em todas as áreas repercutiu em um imenso progresso para a humanidade. No entanto, muito falta a ser feito. 

  Os movimentos feministas originados entre os séculos XIX, XX e que perduram até os tempos atuais foram e são elementares para que as mudanças ocorram de modo efetivo.  Não há como deixar de citar, aqui, o protagonismo histórico da guerreira e que veio a tornar-se uma grande mártir: Joana D’arc. Uma grande revolucionária francesa que a despeito da cultura da época, lutou por seus ideias até o fim. Um grande exemplo de coragem e bravura, características da mulher e símbolos da  revolução feminista. Um ato que deixa muitos homens aquém do potencial que a mesma possuí através de seu imenso destemor.  Já estritamente dentro do campo da luta por igualdade, temos a ativista política, feminista, intelectual e filósofa francesa: Simone de Beauvoir, bem como a  brasileira e nordestina: Nísia Floresta que foi professora e escritora, dentre várias outras mulheres que defenderam os movimentos feministas mundo afora.  Nossa história é marcada por contradições e quebrar cada uma delas não foi e não é algo fácil, mas aos poucos com muita obstinação e garra as mulheres têm mostrado a que vieram. Os movimentos feministas fizeram com que as mulheres ganhassem espaço, destaque, dignidade e com o passar dos anos a igualdade de direitos. Lógico que ainda falta muito a ser discutido, mas sem titubear as mulheres conquistaram espaços jamais imaginados na história da humanidade. Constatar que esta perspectiva era algo tão vivo há séculos atrás, projeta-me a imaginar o quanto era grande o retrocesso no qual a humanidade estava inserida. Não dava para discutir e muito menos falar em avanço com uma sociedade que era marcada pelo mais absoluto e absurdo contexto de desigualdade entre homens e mulheres. A grande questão é que a hipocrisia e as contradições, infelizmente, sempre fizeram parte da história. Tocar em um assunto que caminhasse na contramão do que era ditado pelo sistema vigente, através de convenções ou padrões de comportamentos era um verdadeiro atentado. Com base no exposto, reflito sobre diversas questões dentre as quais a que muitos sequer dão valor como o caso de mulheres sozinhas  que criam seus filhos, o que em outros tempos era visto com preconceito por moralistas da época. Atualmente, a mulher é vista pela sociedade como uma guerreira que, inclusive, em muitos casos, sem ter o apoio do marido vai à luta e não deixa faltar nada ao filho. Um verdadeiro exemplo. O tema em pauta é bem emblemático e ainda há muito, a ser debatido, porém creio que temos aqui, uma forte base, para o aprofundamento de outras questões de relevância. Enfim, mulheres que são mãe e pai ao mesmo tempo, mulheres que estudam, cuidam da casa, que batalham no campo político, que se esmeram na carreira jurídica desde o serviço mais simples até a atividade de juíza, mulheres que são médicas, mulheres escritoras, professoras, motoristas, atendentes, seguranças, dentre diversas outras atividades e que, sobretudo, amam e possuem a incrível dádiva divina de gerar e de dar a luz a um ser.

 Com base em todo este exemplo de resiliência e superação deixo aqui, o meu incentivo ao ativismo feminista desde que, este caminhe na via do bom senso e de acordo com a ordenamento democrático. Que os movimentos feministas nunca vá para o campo do radicalismo, pois nada que extrapola os limites e entra em uma linha extremista é bom. O equilíbrio é tudo e só este pode conduzir-nos a bons resultados. Que as lutas e a bravura nunca tire a leveza, doçura e a sabedoria de uma mulher virtuosa.  Que as batalhas sejam por igualdade de direitos como o são e nunca tornem as mulheres em um ser intolerante, bruto, ou seja, que a essência característica da beleza feminina seja sempre mantida. Conclusão: a bem da verdade, o dia das mulheres são todos os dias, mas as datas comemorativas servem para que sempre venhamos refletir. Minha mais sincera homenagem a todas as mulheres do Brasil e do mundo! 



João Luciano Silva da Costa.




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