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22 de dezembro de 2015

O Natal e os Contrastes Sociais



  Trata-se de algo muito vago, falar em amor, paz, felicidades e realizações se tais palavras não estiverem acompanhadas de atitudes. A atitude faz toda a diferença entre o que falamos e praticamos. De nada adianta, acompanharmos todos os anos as pessoas falarem as mesmíssimas palavras, se em contrapartida, percebermos o quanto falta no lar de milhões de pessoas que estão desempregadas e não saberão o que dirão a seus filhos diante da realidade cruel de não ter dinheiro para por dentro de casa sequer a comida. A situação é muito triste e requer o olhar atento dos governantes e da camada bem sucedida da sociedade.

Vivemos, infelizmente, em um mundo cuja humanidade é altamente consumista e que o sistema econômico vigente, o capitalismo, promove a compra como sinônimo de que dando presentes, estaremos demonstrando amor. Uma mentalidade tacanha e inaceitável. O amor e o verdadeiro sentido do natal passam bem longe de bens materiais. Muitos se presenteiam e encontram-se com magoas no coração, outros tentam suprir sua ausência dando o mais caro presente. Ah, amigos! Quanta imaturidade que muitas pessoas carregam de imaginar que um bem material seja capaz de preencher, um buraco provocado pela incompreensão de que as coisas que dão o verdadeiro sentido a vida e solidez as relações humanas não está no dinheiro, mas sim no amor.  Datas festivas e de muita importância afetiva para as famílias são utilizadas como um meio de manobra psicológica a fim de trabalhar na mente das pessoas a ideia de compra mesmo que estas não possuam necessidade em fazê-las. Em épocas natalinas, a meu ver, se apregoa de maneira absurda a necessidade de compra. Não sou contra ao consumo desde que o mesmo se dê de maneira consciente. Na minha concepção, falar em presentes e de fartura tem coerência quando tudo isto é pensado e trabalhado com uma mentalidade humanística, voltada para a conscientização das pessoas sobre a importância de gestos solidários, a promoção de campanhas voltadas para pessoas que sofrem sem ter o que comer e sequer um lar para morarem. Pessoas a margem de tudo e de todos, sem perspectivas de vida e com os seus sonhos apagados pelas desilusões sofridas ao longo da vida. Sei que é triste traçar um paralelo e notar o imenso contraste social no qual boa parte da humanidade está inserida, mas é a partir do chamamento para a reflexão e o debate construtivo que poderemos reverter este quadro de pleno abandono no qual está o povo menos favorecido em meio a tamanha desigualdade social. Pensar e discutir sobre as questões sociais é fundamental para a evolução socioeconômica de um povo. Hoje em dia, para vislumbrarmos uma relevante mobilização social precisamos mergulhar no passado e lembrar-se de um projeto que revolucionou e marcou a história: “O Natal sem fome”, projeto idealizado e posto em prática pelo saudoso e expoente sociólogo brasileiro: “Herbert de Souza”,  mas conhecido como Betinho. Homem que foi guerreiro e a frente de sua época. Solidário por natureza e que honrou até o fim, a essência de sua profissão de sociólogo. Um exemplo a ser seguido e que deixou para o Brasil e o mundo um legado chamado: amor ao próximo!

  Amor é uma palavra muito forte, linda e inebriante, mas quando não fica só no campo das palavras. Amor tem sentido quando alguém estende a mão ao seu próximo e quando o pratica de verdade. Entretanto, não há sentido no fazer por fazer. Faça sempre o bem a alguém com muito amor, sem, no entanto, esperar algo em troca. Semeie o bem e assim viveremos em um mundo mais justo e igualitário para todos, aonde o filho do pobre, seja ele negro ou branco não passará fome ou qualquer tipo de privação. Nenhum ser humano nasceu para viver de migalhas. Todos nós, indistintamente, temos direito a dignidade. Trata-se de um direito fundamental. Aproveito para agradecer a todos que prestigiaram e prestigiam o trabalho que desenvolvo aqui no meu blog, sejam do Brasil ou de todas as partes do mundo e, sobretudo, á Deus que até aqui tem me dado forças! Se Deus quiser, em 2016 terá mais! Desejo a todos um Natal repleto de saúde, paz, felicidades, de muito amor e um ano novo de novas e grandes realizações!!!



João Luciano Silva da Costa.




15 de dezembro de 2015

O Materialismo e a Importância do Desprendimento

  
  A cada dia que passa, percebo com imensa tristeza, o aumento do apego material e a ausência da prática de solidariedade que, por sua vez, está ligada ao ato de desprendimento. Isto posto, analisar as relações humanas nunca foi tarefa fácil, mas atualmente tem sido uma atividade ainda mais complexa. A sua complexidade não se dá no campo da pesquisa histórica, mas no contato com as pessoas. O contato nos leva a notar que com o tempo muitos estão cada vez mais voltados e apegados a bens materiais, sem, no entanto, deixar de destacar o individualismo e egoísmo, ambos cada vez mais fortes. Na imagem em tela, um indivíduo carrega uma mochila e tem a sua frente todo um caminho a percorrer e escolhas a fazer. Escolha praticar o bem ao próximo, pois você verá que ao ajudar o próximo estará ajudando a si mesmo. Traçando um paralelo, muitos carregam o peso de suas vaidades, egoísmos, magoas, intolerância, desamor e o apego material. Cuidado para que, com o passar do tempo, no percurso da vida, você não perceba que caminhou rumo ao nada. Faça  ter sentido a sua existência. Ame e ajude o seu próximo! Vale esclarecer que não tenho nenhum tipo de oposição a riqueza. Na minha concepção, está na evolução humana e na riqueza bem distribuída o fim da pobreza e da miséria. 

  Penso que, para haver uma salutar relação humana é fundamental que esta se sobreponha as relações de consumo, ou seja, para que vivamos em harmonia o dinheiro jamais pode vir em primeiro lugar, senão continuaremos a ver o que tem ocorrido, um absoluto abismo entre as pessoas, por conta de uma razão bem simples: o ter tem tido, infelizmente, mais importância do que o ser dentro do contexto das relações humanas. As pessoas, sem generalizar estão, volto a dizer, cada vez mais individualistas e desumanizadas.  Falta um olhar para o outro se colocando no lugar do mesmo. O simples fato de imaginar que quando se divide algo com alguém, coisas tão simples, tais como: Dedicar-se a ouvir o outro, doar uma peça de roupa que não se usa mais, um calçado ou alimentos. Coisas estas que  fazem com que a vida tenha mais leveza e razão de ser tanto para quem dá quanto para quem recebe, haja vista, que tudo passa e nada levamos do campo físico quando completamos a nossa missão. Interessante, pois ao falar em missão é indiscutível ter como meta que todos nutram dentro de si a missão de partir e repartir o pão em um lindo gesto de solidariedade.

  Não importa a quantidade do que se oferece, mas sim a qualidade, pois acredito que muitas pessoas estão muito mais sedentas de um alguém que as ouça do que qualquer outra coisa! A grande realidade é que o ser humano, muitas vezes, e está também é outra vertente que trago a baila, tenta suprir um vazio interior gerado pela solidão com a compra desenfreada. Sem falar nos que se alimentam compulsivamente.  Mesmo em meio a tanto orgulho, vaidades e injustiças espero, e sobretudo, tenho fé em Deus, independente de religião, que a tônica da palavra amor toque o coração de todos e ecoe por toda a humanidade. Reflitam e tenham um excelente dia!!!


João Luciano Silva da Costa.